segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Você parece não se importar com os conflitos dos fios de cabelo entre si, brigados com o pente, por consequência, que habitam minha cabeça. Tampouco parece se preocupar com meus dentes amarelados de nicotina ou com as canções roucas que minhas cordas vocais lhe oferecem – Nos meus sonhos você disse que me amaria desse jeito, e pediu para que eu tirasse as mãos dos bolsos para te abraçar.
(...)
Estamos deitados no chão, próximos a janela, olhando como a poeira parece uma chuva de ouro; chuva inversa, que sobe, como se o sol sugasse de volta suas partes. Esse tipo de inversão é tão típica do nosso universo particular, tão similar a nós."

Um comentário:

  1. Que coisa... dos meus 18 aos 21, ficar deitado na grama de cabeça pra baixo numa parte lá da chácara do meu vô vendo poeira e folhas subindo, eu imaginava justamente que o sol tava puxando tudo de volta. Mas pra soprar de novo no dia seguinte!

    *P.S.: Eu gosto do seu abraço, me dá um? =D

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