Por Danielle Corrêa
Que moço é esse que desatina os meus sonhos;
Que resplandece o prazer dos risos mais risonhos?
Que moço é esse que vem e vai?
Exalando a beleza que não passa, não sai.
Entre o aljôfar do semblante
Exprime o brilho do mármore penetrante.
E sem ao menos notar,
Seus olhos brilham ao falar
Que moço é esse de voz doce e suave?
-Que domina os meus olhos e não sabe.
E nem eu mesma sabia
Que de homem e menino exibia.
Que moço é esse que vaga
Nos raios fúnebres que nunca o apaga?
Que moço é esse que diz e não diz?
Que não quer o que quis?
Que moço é esse que some e aparece?
Que se faz feliz e se envaidece?
Que moço é esse que eu não sei?
Que moço é esse que tanto busquei?
Que moço é esse que é perigo?
-Que desperta desejo, ainda que, amigo.
E de repente, do nada
Diz tudo com a boca calada...